Frequentemente ignorada por alguns motoristas, a suspensão é uma das partes fundamentais da mecânica automotiva. Ela é responsável não só por tornar a viagem mais confortável, mas também mantém o veículo estável e até auxilia na performance do motor.
Contando um pouco da história por trás desse sistema, a suspensão é mais antiga do que o próprio carro. No século 19, os fabricantes de carroças e carruagens criaram um aparato a fim de reduzir as trepidações causadas pelas vias de paralelepípedo. Esses sistemas eram ligados pelos eixos e o amortecimento era feito por barras de torção e/ou feixes de molas, semelhantes ao que temos hoje para caminhões e ônibus. Mas só a partir de 1920 que a suspensão se tornou o que conhecemos.
Com a popularização dos carros e a necessidade por estabilidade e rapidez nas manobras dos condutores, os conjuntos com molas e amortecedores a óleo ou a gás eram os preferidos das fabricantes. Em 1950, o sistema MC Pherson ganhou fama com suas molas helicoidais e amortecedores, sua suspensão dianteira independente e seu braço arrastado na traseira. Esse sistema é presente até hoje nos veículos.
Nesta matéria, vamos falar sobre os 5 tipos mais comuns de suspensão automotiva.
Conteúdo deste artigo:
Um dos sistemas mais antigos, antes mesmo da criação do automóvel, a suspensão de torção é composta de uma barra de material flexível que dispensa o uso de molas, absorvendo na própria estrutura as irregularidades do pavimento. Comum nos carros até 1950, inclusive nos memoráveis Fusca e Kombi, esse sistema tem a vantagem de não precisar de uma reparação mecânica complexa, além de ser capaz de suportar condições de estradas adversas. Porém, é uma suspensão que não suporta muita carga.
É a suspensão mais presente nos carros de hoje, com a construção de molas e amortecedores telescópicos nas quatro rodas, dois sistemas independentes na dianteira e dois ligados por um braço arrastado na traseira, garantindo um bom conforto e estabilidade.
Por ter uma boa resistência, a manutenção pode acontecer entre 50 mil ou 100 mil quilômetros rodados com ela dependendo das condições da via em que o carro transita frequentemente. O sistema Mc Pherson não é indicado para transporte de cargas.
Utilizada para veículos de carga, o sistema de feixe de molas é formado por lâminas de metal sobrepostas que escorregam uma em cima da outra, absorvendo assim o impacto do chão e suportando a carga no veículo.
Ela não exige muita manutenção e dispensa o uso das molas helicoidais e amortecedores. Porém, ela não é nada confortável e reduz a estabilidade do veículo.
Voltada mais para carros esportivos e de corrida, essa suspensão é a que mais obtém estabilidade e controle, por ser independente nas quatro rodas. Sua desvantagem é a complexidade da manutenção e a dificuldade de encontrar os componentes, pois é um sistema voltado para carros de alta performance. O conforto também fica um pouco atrás, já que seu curso é curto e necessita de molas mais rígidas.
Este sistema é o mais moderno e eficiente que há no mercado. É pensado para carros de passeio e carros de alta performance, pois entrega estabilidade e conforto, é independente nas quatro rodas e faz com que elas trabalhem totalmente individualizadas. É uma evolução do Duplo A.
Como cada fabricante tem o seu projeto, o sistema Multilink não tem um formato padronizado. Porém, essa suspensão tem um custo alto de produção e manutenção, sendo difícil encontrar profissionais especializados fora das redes autorizadas.
Analista de marketing e produtor de conteúdo.